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Avanço feminino nas delegacias é destacado pela Comissão da Mulher Advogada da OAB/RS

04/12/2008 11:55h

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Um reforço feminino chegará em breve às delegacias da Polícia Civil do Interior. São 17 delegadas que integram a turma de 35 alunos que se formaram nesta quarta-feira (03). A Comissão da Mulher Advogada salienta que a maior presença de mulheres nestes espaços contribuirá para a aplicação da Lei Maria da Penha.

Um reforço feminino chegará em breve às delegacias da Polícia Civil do Interior. São 17 delegadas que integram turma de 35 alunos que se formaram nesta quarta-feira (03), na Academia de Polícia Civil (Acadepol). A formatura ocorreu no Salão de Atos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre.

A presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB/RS, Carmelina Mazzardo, destaca a importância desta formatura, já que cerca de 50% dos formandos são do sexo feminino. “É fundamental que as mulheres ocupem espaços, antes destinados, culturalmente, apenas para homens. É uma quebra de paradoxo”, ressalta.

“Depois de me formar na faculdade, me preparei para o concurso. Sempre quis ser delegada”, disse Fabiane Bittencourt, 27 anos. Formada em Direito pela Ulbra, ela assumirá a Delegacia da Polícia Civil de Caçapava do Sul. Além das provas de seleção que se estenderam por dois anos e o curso de formação iniciado em março deste ano, a futura delegada enfrentou resistências dentro de casa: “No começo, não gostaram muito da idéia, até por ser uma atividade de risco. Depois, ao verem que era isso mesmo que eu queria, todos passaram a me apoiar”, afirmou.

A exemplo do que ocorreu com Fabiane, os demais formandos serão responsáveis por delegacias em municípios onde já existem comarcas. “É para garantir um equilíbrio entre as instituições, facilitando a atividade policial e do Judiciário”, explicou o chefe de Polícia, Pedro Rodrigues.

Para a diretora de ensino da Acadepol, delegada Elisângela Reghelin, o número significativo de mulheres revela o amadurecimento da instituição. Formada em 1999, a diretora destaca que a procura feminina pela carreira policial se consolidou na última década. Na última formatura, em 2004, dos 50 delegados, 30 eram mulheres.

Sobre a possível resistência de colegas homens, Elisângela explica que a dificuldade será a mesma enfrentada pelos novos delegados que se formam com elas. “Elas assumiram um cargo de chefia, mas terão de se tornar líderes, ter humildade para aprender no dia-a-dia com quem já está na Polícia há mais tempo”, argumenta a delegada.

Missão que elas parecem compreender bem. Eliana Parahyba Lopes assumirá a delegacia do município Catuípe. Natural de Porto Alegre, além de se adaptar ao modo de viver de uma pequena cidade, ela chefiará colegas mais antigos. “Vou para lá com humildade para aprender. Quero motivar minha equipe e ganhar experiência”, salientou.

Segundo Carmelina Mazzardo, a visão feminina nas delegacias poderá contribuir para o combate da violência contra mulher e na implementação efetiva da Lei Maria da Penha.

“O preconceito e o lado machista nas delegacias tende a diminuir com este avanço feminino. Imagine a mulher vítima de violência se dirigindo para uma delegacia e sendo recebida por uma servidora mulher. Elas terão uma visão diferenciada para atendimento e para identificar se o caso deve ou não ser enquadrado na Lei Maria da Penha”, ressalta a dirigente da OAB/RS.

Em 2008, além dos novos delegados, a Acadepol formou cerca de 500 novos agentes, entre escrivães e inspetores. Para 2009, de acordo com a Chefia de Polícia, está previsto concurso público para 157 vagas para delegado e 500 vagas para agentes.

Com informações do jornal Zero Hora

04/12/2008 11:55h



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