Comissão de Igualdade Racial realiza evento Novembro Negro com apresentações artísticas, convidados e balanço dos projetos da gestão 2025
24/11/2025 17:43h
A OAB/RS, por meio da Comissão de Igualdade Racial (CIR), realizou, na tarde da segunda-feira (17), no Auditório do OAB Cubo, a edição de 2025 do evento Novembro Negro. A atividade celebrou o Mês da Consciência Negra e ocorreu logo após o lançamento do PAN – Programa da Advocacia Negra, iniciativa inédita no país que amplia o compromisso institucional com a representatividade e a equidade racial.
A atividade celebrou as conquistas, entregas e mobilizações da Comissão de Igualdade Racial ao longo do ano, reforçando o compromisso da OAB/RS com a equidade racial, a defesa dos direitos humanos e a consolidação de práticas institucionais antidiscriminatórias. Assista à íntegra do evento no YouTube da OAB/RS
Abertura
O presidente da Ordem gaúcha, Leonardo Lamachia, destacou o papel da Comissão na consolidação de políticas institucionais antirracistas. “A OAB/RS tem assumido um compromisso permanente com a promoção da igualdade racial e com o combate a todas as formas de discriminação. O trabalho desenvolvido pela Comissão de Igualdade Racial demonstra que avançamos quando criamos políticas e ações estruturantes, que ampliam oportunidades, fortalecem a representatividade e consolidam uma advocacia mais plural e democrática”, disse.
A presidente da CIR, Janaina Cordeiro, reforçou que a iniciativa consolida a culminância das ações anuais da Comissão. “É um dia de mostrar nossas entregas, celebrar, mas também projetar ações. O Novembro Negro marca o protagonismo da nossa gestão e apresenta os projetos que construímos ao longo desses anos, fortalecendo o nosso grande coletivo e a advocacia negra gaúcha como um todo”.
O secretário-geral adjunto da CAARS, Juliano Sampaio Gonçalves, ressaltou a representatividade do evento. “É com muita honra que hoje ocupo este lugar, representando a CAARS, mas também representando algo que antecede qualquer cargo: a minha história, a minha cor e a minha caminhada enquanto advogado negro em um ambiente que por muito tempo não foi construído pensando em pessoas que se pareçam comigo. O Novembro Negro não é apenas um evento. É um ato político, uma ruptura simbólica, um marco institucional e, acima de tudo, a reafirmação do compromisso com a justiça, com a equidade e com a construção de possibilidades reais para a advocacia negra.”
Programação
O evento seguiu ao longo da tarde com a apresentação dos projetos permanentes da Comissão. O projeto Origens – Trilhas para uma Educação Antirracista apresentou os resultados das ações realizadas em escolas de Porto Alegre ao longo do ano e homenageou como destaque a escola Mario Quintana, do bairro Restinga.
Em um momento dedicado à ancestralidade, a Iyalorixá Claudia Chu Xangô Ibeji, liderança do Ilê Afro Xangô Ibeji, conduziu uma vivência gastronômica com comidas tradicionais africanas, compartilhando simbolismos culturais vinculados à espiritualidade afro-brasileira.
O CIR Cultural e o Samba da Advocacia receberam a cantora e influenciadora Vivian Vaz, que levou música, celebração e conexão com a ancestralidade afro-brasileira ao público presente.
No Descolonizando o Pensamento, o painel com a palestra “Vidas Curtas: a globalização da violência pública” reuniu o rapper e educador sociocultural Tamborero (Eduardo Gomes da Silva), que abordou a relação entre violência pública, juventudes negras e desigualdades estruturais, integrando perspectivas do Direito, da Educação e da Cultura.
O Pílulas Literárias recebeu Carlos Roberto “Choco” da Silva, campeão mundial de futsal, que apresentou o livro “Choco: Ouro Negro do Futsal” e dialogou sobre esporte, identidade negra e referências positivas para as juventudes.
O CIR Comunidade levou o presidente da Sociedade Beneficente Cultural Floresta Aurora, José Flávio Rocha Silveira, que apresentou a trajetória da entidade e reforçou a importância do fortalecimento dos vínculos comunitários e da visibilidade das realidades periféricas.
A apresentação do projeto Mural da Igualdade – Olhares da Resistência destacou a potência das artes visuais como instrumento de memória, resistência e educação para os direitos humanos. O projeto consiste em uma série de vídeos apresentando murais da capital gaúcha que homenageiam personalidades negras do Estado.
Por fim, o projeto Advocacia Negra em Movimento: legado e futuro retomou a valorização da trajetória de advogadas e advogados negros no Estado, discutindo desafios contemporâneos e estratégias para as próximas gerações.
24/11/2025 17:43h
